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Curso Técnico em
Orientação Comunitária
Unidade Gestora: IFMG – Instituto Federal de Minas Gerais
Campus: Ouro Branco MG.
Diretor-Geral / IFMG – Campus Ouro Branco " Luiz Roque Ferreira "
Unidade Remota: Escola Municipal Senador Cupertino.
Secretária do Semas e coordenadora do curso : " Cleusa Maria da Silva " Professora: Maria Stella Mendes Silva
Parceria: SEMAS / SEMED
Rio Casca, MG
A Sociologia estuda o comportamento do ser humano
em função do meio em que vive.
O
estudo da sociologia.
Porque estudar a sociedade em que vivemos? Não basta
vive-la? É possível conhecer a sociedade cientificamente? A sociologia serve
para quê? Essas são perguntas que muitos fazem.
Inicialmente, podemos afirmar que a sociologia, assim
como as demais ciências humanas (história, ciências políticas, economia,
antropologia, etc.) tem como objetivo compreender e explicar as permanências e
as transformações que ocorrem nas sociedades humanas e até indicar algumas
pistas sobre os rumos das mudanças.
Através dos tempos, os seres humanos buscam suprir suas
necessidades básicas mediante a produção não só de alimento, abrigo e
vestuário, mas também de normas, valores, costumes, relações de poder, arte e
explicações sobre a vida e sobre o mundo.
Viver em sociedade é participar dessa produção. Ao
fazê-lo, acabamos produzindo a história das pessoas, dos grupos e das classes
sociais. Por isso a sociologia tem uma estreita relação com a história. Basta
dizer que precisamos de ambas para explicar a existência da própria sociologia.
Mas qual é o campo de estudo específico da sociologia?
Para entender os elementos essenciais da sociedade em que vivemos, os
sociólogos procuram dar respostas a questões como essas:
- Por que as pessoas agem e pensam de uma forma e não de outra?
- Por que nos relacionamos uns com os outros de determinada maneira, normalmente padronizada?
- Por que existe tanta desigualdade e desemprego em nosso cotidiano?
- Por que existe política e as relações de poder na sociedade?
- Quais são nossos direitos e o que significa cidadania?
- Por que existem movimentos sociais com interesses tão diversos? Esses movimentos são revolucionários ou apenas reformadores?
- O que é cultura? Qual a relação entre cultura e ideologia? Como elas estão presentes nos meios de comunicação de massa?
A sociologia nos ajuda a entender melhor essas e outras
questões que envolvem nosso cotidiano, sejam elas de caráter pessoal, grupais,
ou ainda, relativas à sociedade à qual pertencemos ou a todas as sociedades. Ma
o fundamental da sociologia é fornecer-nos conceitos e outras ferramentas para
analisar as questões sociais e individuais de um modo mais sistemático e
consciente, indo além do senso comum.
Atividades:
- Leitura e Debate.
- Responda:
1ª - A sociologia é necessária para a compreensão da
sociedade em que vivemos? Por quê?
R-
2ª - No seu entendimento, a sociologia pode contribuir
para que haja mais liberdade de pensamento e de ação?
R-
·
Fique por dentro.
Pensadores clássicos da Sociologia
O
termo Sociologia foi criado por Augusto Comte (1798-1857), sendo considerado o
pai da Sociologia – provavelmente o primeiro pensador moderno. Comte defendia a
ideia de que para uma sociedade funcionar corretamente, precisa estar
organizada e só assim alcançará o progresso. Seu esquema sociológico era
tipicamente positivista, corrente com grande expressão no século XIX.
Karl
Marx (1818-1883)
foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista
moderna, atuou como economista, filósofo, historiador, teórico político e
jornalista e foi o mais revolucionário pensador sociológico.
Marx
concebe a sociedade dividida em duas classes: a dos capitalistas que detêm a
posse dos meios de produção e o proletariado (ou operariado), cuja única posse
é sua força de trabalho a qual vendem ao capital. Para Marx, os interesses
entre o capital e o trabalho são irreconciliáveis, sendo este debate a essência
do seu pensamento, resultando na concepção de uma sociedade dividida em
classes. Assim, os meios de produção resultam nas relações de produção, formas
como os homens se organizam para executar a atividade produtiva. Tudo isso
acarreta desigualdades, dando origem à luta de classes.
Marx
foi um defensor do comunismo, pois essa seria a fase final da sociedade humana,
alcançada somente a partir de uma revolução proletária, acreditando assim na
ideia utópica de uma sociedade igualitária ou socialista.
Émile
Durkheim (1858-1917)
foi o fundador da escola francesa de Sociologia, ao combinar a pesquisa
empírica com a teoria sociológica. Ainda sob influência positivista, lutou para
fazer das Ciências Sociais uma disciplina rigorosamente científica. Durkheim
entendia que a sociedade era um organismo que funcionava como um corpo, onde
cada órgão tem uma função e depende dos outros para sobreviver. Ao seu olhar, o
que importa é o indivíduo se sentir parte do todo, pois caso contrário ocorrerá
anomalias sociais, deteriorando o tecido social.
A
diferença entre Comte e Durkheim é que o primeiro crê que se tudo estiver em
ordem, isto é, organizado, a sociedade viverá bem, enquanto Durkheim entende
que não se pode receitar os mesmos “remédios” que serviu a uma sociedade para
resolver os “males” sociais de outras sociedades.
Para
Durkheim, a Sociologia deve estudar os fatos sociais,
os quais possuem três características: 1) coerção social; 2) exterioridade; 3)
poder de generalização. Os fatos sociais apresentam vida própria, sendo
exteriores aos indivíduos e introjetados neles a ponto de virarem hábitos.
Pela
sua perspectiva, o cientista social deve estudar a sociedade a partir de um
distanciamento dela, sendo neutro, não se deixando influenciar por seus
próprios preconceitos, valores, sentimentos etc.
A
diferença básica entre Marx, Comte e Durkheim consiste basicamente em que os dois
últimos entendem a sociedade como um organismo funcionando, suas partes se
completando. Por outro lado, Marx afirma que a ordem constituída só é possível
porque a classe dos trabalhadores é dominada pela classe dos capitalistas e
propõe que a classe proletária (trabalhadores) deve se organizar, unir-se e
inverter a ordem, ou seja, passar de dominada a dominante, e assim superar a
exploração e as desigualdades sociais.
Max
Weber (1864-1920)
foi um intelectual alemão, jurista, economista e considerado um dos fundadores
da Sociologia e é o pensador mais recente dentre os três, conhecedor tanto do
pensamento de Comte e Durkheim quanto de Marx. Assim, ele entende que a
sociedade não funciona de forma tão simples e nem pode ser harmoniosa como
pensam Comte e Durkheim, mas também não propõe uma revolução como faz Marx, mas
afirma que o papel da Sociologia é observar e analisar os fenômenos que ocorrem
na sociedade, buscando extrair desses fenômenos os ensinamentos e
sistematizá-los para uma melhor compreensão, é por isso que sua Sociologia
recebe o nome de compreensiva.
Weber
valorizava as particularidades, ou seja, a formação específica da sociedade;
entende a sociedade sob uma perspectiva histórica, diferente dos positivistas.
Um
dos conceitos chaves da obra e da teoria sociológica de Weber é a ação social. A ação é um
comportamento humano no qual os indivíduos se relacionam de maneira subjetiva,
cujo sentido é determinado pelo comportamento alheio. Esse comportamento só é
ação social quando o ator atribui à sua conduta um significado ou sentido
próprio, e esse sentido se relaciona com o comportamento de outras pessoas.
Weber
também se preocupou com certos instrumentos metodológicos que possibilitassem
ao cientista uma investigação dos fenômenos particulares sem se perder na
infinidade disforme dos seus aspectos concretos, sendo que o principal
instrumento é o tipo ideal,
o qual cumpre duas funções principais: primeiro a de selecionar explicitamente
a dimensão do objeto a ser analisado e, posteriormente, apresentar essa
dimensão de uma maneira pura, sem suas sutilezas concretas.
Em
suma: a Sociologia de Comte e Durkheim são positivistas; a de Marx é
revolucionária e a de Max Weber é compreensiva. E nisto talvez estejam a
principal diferença entre esses quatro grandes pensadores da Sociologia.
Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
Fonte de pesquisa: http://www.brasilescola.com/sociologia/
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