sexta-feira, 25 de abril de 2014




Curso Técnico em Orientação Comunitária

Unidade Gestora: IFMG – Instituto Federal de Minas Gerais
Campus:  Ouro Branco MG.
Diretor-Geral / IFMG – Campus Ouro Branco " Luiz Roque Ferreira "
                 Unidade Remota: Escola Municipal Senador Cupertino.
 Secretária do Semas e coordenadora do curso : " Cleusa Maria da Silva "                Professora: Maria Stella Mendes Silva 
   Parceria:  SEMAS / SEMED
 Rio Casca, MG

Módulo 01: Sociologia

A Sociologia estuda o comportamento do ser humano em função do meio em que vive.
                     
O estudo da sociologia.

Porque estudar a sociedade em que vivemos? Não basta vive-la? É possível conhecer a sociedade cientificamente? A sociologia serve para quê? Essas são perguntas que muitos fazem.
Inicialmente, podemos afirmar que a sociologia, assim como as demais ciências humanas (história, ciências políticas, economia, antropologia, etc.) tem como objetivo compreender e explicar as permanências e as transformações que ocorrem nas sociedades humanas e até indicar algumas pistas sobre os rumos das mudanças.
Através dos tempos, os seres humanos buscam suprir suas necessidades básicas mediante a produção não só de alimento, abrigo e vestuário, mas também de normas, valores, costumes, relações de poder, arte e explicações sobre a vida e sobre o mundo.
Viver em sociedade é participar dessa produção. Ao fazê-lo, acabamos produzindo a história das pessoas, dos grupos e das classes sociais. Por isso a sociologia tem uma estreita relação com a história. Basta dizer que precisamos de ambas para explicar a existência da própria sociologia.
Mas qual é o campo de estudo específico da sociologia? Para entender os elementos essenciais da sociedade em que vivemos, os sociólogos procuram dar respostas a questões como essas:

  • Por que as pessoas agem e pensam de uma forma e não de outra?
  • Por que nos relacionamos uns com os outros de determinada maneira, normalmente padronizada?
  • Por que existe tanta desigualdade e desemprego em nosso cotidiano?
  • Por que existe política e as relações de poder na sociedade?
  • Quais são nossos direitos e o que significa cidadania?
  • Por que existem movimentos sociais com interesses tão diversos? Esses movimentos são revolucionários ou apenas reformadores?
  • O que é cultura? Qual a relação entre cultura e ideologia? Como elas estão presentes nos meios de comunicação de massa?

A sociologia nos ajuda a entender melhor essas e outras questões que envolvem nosso cotidiano, sejam elas de caráter pessoal, grupais, ou ainda, relativas à sociedade à qual pertencemos ou a todas as sociedades. Ma o fundamental da sociologia é fornecer-nos conceitos e outras ferramentas para analisar as questões sociais e individuais de um modo mais sistemático e consciente, indo além do senso comum.


Atividades:


  •  Leitura e Debate.
  • Responda:

1ª -  A sociologia é necessária para a compreensão da sociedade em que vivemos? Por quê?
R-






2ª - No seu entendimento, a sociologia pode contribuir para que haja mais liberdade de pensamento e de ação?
R-







·                    Fique por dentro.

Pensadores clássicos da Sociologia


O termo Sociologia foi criado por Augusto Comte (1798-1857), sendo considerado o pai da Sociologia – provavelmente o primeiro pensador moderno. Comte defendia a ideia de que para uma sociedade funcionar corretamente, precisa estar organizada e só assim alcançará o progresso. Seu esquema sociológico era tipicamente positivista, corrente com grande expressão no século XIX.
Karl Marx (1818-1883) foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista moderna, atuou como economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista e foi o mais revolucionário pensador sociológico.
Marx concebe a sociedade dividida em duas classes: a dos capitalistas que detêm a posse dos meios de produção e o proletariado (ou operariado), cuja única posse é sua força de trabalho a qual vendem ao capital. Para Marx, os interesses entre o capital e o trabalho são irreconciliáveis, sendo este debate a essência do seu pensamento, resultando na concepção de uma sociedade dividida em classes. Assim, os meios de produção resultam nas relações de produção, formas como os homens se organizam para executar a atividade produtiva. Tudo isso acarreta desigualdades, dando origem à luta de classes.
Marx foi um defensor do comunismo, pois essa seria a fase final da sociedade humana, alcançada somente a partir de uma revolução proletária, acreditando assim na ideia utópica de uma sociedade igualitária ou socialista.
Émile Durkheim (1858-1917) foi o fundador da escola francesa de Sociologia, ao combinar a pesquisa empírica com a teoria sociológica. Ainda sob influência positivista, lutou para fazer das Ciências Sociais uma disciplina rigorosamente científica. Durkheim entendia que a sociedade era um organismo que funcionava como um corpo, onde cada órgão tem uma função e depende dos outros para sobreviver. Ao seu olhar, o que importa é o indivíduo se sentir parte do todo, pois caso contrário ocorrerá anomalias sociais, deteriorando o tecido social.
A diferença entre Comte e Durkheim é que o primeiro crê que se tudo estiver em ordem, isto é, organizado, a sociedade viverá bem, enquanto Durkheim entende que não se pode receitar os mesmos “remédios” que serviu a uma sociedade para resolver os “males” sociais de outras sociedades.
Para Durkheim, a Sociologia deve estudar os fatos sociais, os quais possuem três características: 1) coerção social; 2) exterioridade; 3) poder de generalização. Os fatos sociais apresentam vida própria, sendo exteriores aos indivíduos e introjetados neles a ponto de virarem hábitos.
Pela sua perspectiva, o cientista social deve estudar a sociedade a partir de um distanciamento dela, sendo neutro, não se deixando influenciar por seus próprios preconceitos, valores, sentimentos etc.
A diferença básica entre Marx, Comte e Durkheim consiste basicamente em que os dois últimos entendem a sociedade como um organismo funcionando, suas partes se completando. Por outro lado, Marx afirma que a ordem constituída só é possível porque a classe dos trabalhadores é dominada pela classe dos capitalistas e propõe que a classe proletária (trabalhadores) deve se organizar, unir-se e inverter a ordem, ou seja, passar de dominada a dominante, e assim superar a exploração e as desigualdades sociais.
Max Weber (1864-1920) foi um intelectual alemão, jurista, economista e considerado um dos fundadores da Sociologia e é o pensador mais recente dentre os três, conhecedor tanto do pensamento de Comte e Durkheim quanto de Marx. Assim, ele entende que a sociedade não funciona de forma tão simples e nem pode ser harmoniosa como pensam Comte e Durkheim, mas também não propõe uma revolução como faz Marx, mas afirma que o papel da Sociologia é observar e analisar os fenômenos que ocorrem na sociedade, buscando extrair desses fenômenos os ensinamentos e sistematizá-los para uma melhor compreensão, é por isso que sua Sociologia recebe o nome de compreensiva.
Weber valorizava as particularidades, ou seja, a formação específica da sociedade; entende a sociedade sob uma perspectiva histórica, diferente dos positivistas.
Um dos conceitos chaves da obra e da teoria sociológica de Weber é a ação social. A ação é um comportamento humano no qual os indivíduos se relacionam de maneira subjetiva, cujo sentido é determinado pelo comportamento alheio. Esse comportamento só é ação social quando o ator atribui à sua conduta um significado ou sentido próprio, e esse sentido se relaciona com o comportamento de outras pessoas.
Weber também se preocupou com certos instrumentos metodológicos que possibilitassem ao cientista uma investigação dos fenômenos particulares sem se perder na infinidade disforme dos seus aspectos concretos, sendo que o principal instrumento é o tipo ideal, o qual cumpre duas funções principais: primeiro a de selecionar explicitamente a dimensão do objeto a ser analisado e, posteriormente, apresentar essa dimensão de uma maneira pura, sem suas sutilezas concretas.
Em suma: a Sociologia de Comte e Durkheim são positivistas; a de Marx é revolucionária e a de Max Weber é compreensiva. E nisto talvez estejam a principal diferença entre esses quatro grandes pensadores da Sociologia.

Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP


Fonte de pesquisa: http://www.brasilescola.com/sociologia/

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